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Altas horas: Inteligência operando

Cenários corporativos: a Inteligência não pára

Relógio

São oito horas da noite. Um pouco depois que os escritórios começam a ficar vazios, após os colaboradores do dia-a-dia abandonarem os seus terminais de computador tomando o rumo de casa, começa o trabalho de uma equipe bastante especial, os chamados trabalhadores do conhecimento. Eles constituem um grupo de pessoas anônimas, quietas, amadurecidas e disciplinadas, que se responsabilizam por tarefas intelectuais, que podem causar impactos significativos em áreas nada distantes, como economia, política e sociedade.

Seu trabalho é muito mais mental do que braçal, consiste na interpretação de dados, fatos e situações, refletindo e amplificando a ressonância dos eventos diurnos da própria corporação. A eles cabe a materialização de um fluxo claro, objetivo e útil de informações que alcançam os níveis mais altos da gestão empresarial, instruindo e/ou balizando a tomada das decisões estratégicas. Esta é apenas mais uma noite como outra qualquer, contudo, como sempre eles estão lá para manipular o acervo de informações, muitas específicas, outras não, mas todas pertinentes e valiosas para a continuidade e o êxito dos negócios.

Com dedicação eles vão analisando bens intangíveis, como dados, informações e o próprio conhecimento, que muitas vezes tem estrutura de ficção, e com isto conseguem diminuir o sentimento de incerteza em relação ao ambiente externo que tanto incomoda os executivos. Explicando simplificadamente, a sua tarefa é um pouco ampla: transformar o caótico no inteligível, o incompleto no dedutível, o complexo no simples, o invisível no perceptível, o incoerente no lógico e o desordenado no claro e sistemático. Sem o quê, provavelmente, se continuaria desperdiçando incontáveis horas diurnas de procura a esmo por informações utilizáveis, aquelas que realmente ajudam na solução dos problemas de gestão em uma corporação inserida nas batalhas do mercado. Sua expertise principal é de difícil consecução, porque leva tempo e não é nada barato formar um bom profissional de Inteligência.

Estes camaradas funcionam como peças-chave no processo de agregação de valor dos insumos informacionais, e isto invariavelmente exige deles habilidades, competências e paixão pelo trabalho que realizam. Não obstante o conjunto de atributos cognitivos, de performance e de personalidade necessários ao bom desempenho funcional na Inteligência, é bom que se diga, não dá para deixar de fora deste seleto rol de qualidades o amadurecimento vivencial. E assim, preparados e motivados para conceber as soluções mais racionais a quaisquer situações problemáticas, eles conseguem diminuir o risco na tomada de decisões importantes. Sua ação favorece a prudência, permitindo a antecipação de providências atenuadoras do inevitável confronto entre as organizações empresariais, inseridas que estão em mercados de crescente competitividade. Esta é uma face desconhecida da Inteligência Competitiva, uma atividade que combina sem igual hardware e software, comunicações e informação, prospectiva e bom senso, proteção e pró-atividade, com gente que se relaciona bem profissional e socialmente.

Como se sabe, tudo resulta da combinação, e mantendo este alinhamento, se torna mais fácil o processamento objetivo dos insumos informacionais, que dizem respeito a situações particulares, fatos, factoides, boatos, opiniões, julgamentos e evidências, com base em cálculos complexos e absolutamente racionais sobre a realidade. Eles sabem como poucos organizar e transformar pedaços de informação em blocos de conteúdos que podem ultrapassar centenas de categorias distintas, em áreas de interesse bem demarcadas, e classificadas inclusive pelo grau de intensidade com que impactam a atividade empresarial.