O PRIMEIRO LIVING CASE DO BRASIL PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA INDESCRITÍVEL
Descobrir como o Rock in Rio tornou-se uma marca forte, presente nas mais diversas categorias de produtos como automóveis, alimentos, serviços, até cadeados e canivetes era algo esperado no programa do Rock in Rio Academy, realizado no dia 22 de setembro de 2015. Era esperado também encontrar boa estrutura num evento organizado por duas grandes marcas, “Rock in Rio” e “HSM Educação Executiva”, esta última representada com orgulho pela PJI Consulting no estado da Paraíba. Tudo isso era esperado, mas os organizadores do evento conseguiram extrapolar as melhores expectativas ao entregarem para um público super seleto, o melhor de suas estruturas, o melhor dos seus talentos e o melhor do seu conteúdo, proporcionando uma experiência indescritível e memorável. Os speakers abriram todos os detalhes que fizeram do Rock in Rio uma grande plataforma de comunicação, que atrai tantas outras marcas fortes e que juntas proporcionam experiências que, se não prolongam, tentam com êxito prolongar momentos de felicidade das pessoas. Os participantes do Academy foram amparados pela excelente metodologia aplicada pela HSM Educação Executiva, que ao apresentar o primeiro Living Case brasileiro, ofereceu condições ideais de preparação e desenvolvimento das capacidades analíticas dos participantes, sobretudo, porque auxiliou de forma bastante prática o entendimento tanto da estratégia diferenciada adotada pelo Rock in Rio, como qual o modelo de negócio adotado que o faz lucrar. VALORES DE FAMÍLIA
O evento começou com a palavra de Roberta Medina, VP de operações do Rock in Rio e filha de Roberto Medina, fundador do Rock in Rio, que com seu olhar firme e atento a todos os detalhes e também com um jeito doce de falar, revelou os valores familiares que movimentaram o grupo na construção e no desenvolvimento deste grande sonho. Alimentados pela paixão ao Rio e pelo Brasil e por uma vontade maior de mostrar ao mundo um Brasil que pode fazer, que é organizado e capaz de vencer seus desafios, os Medina entenderam que haveria uma possibilidade de influir na auto-estima do brasileiro, inspirando-o a ir além. Isso seria possível através de uma grande festival de música, que aos poucos ultrapassou esse patamar e se transformou nessa grande plataforma de comunicação que conhecemos hoje. O Rock in Rio nunca foi show!
FREUD EXPLICA
Segundo o CEO do grupo, Luis Justo, o grande desafio do RiR é entregar com excelência a “prolongação” de momentos de felicidade às pessoas. Engenheiro de formação, ele recorre a Freud para sustentar o argumento de que o Homem vive de momentos de felicidade e que a busca desses momentos é fruto de uma insatisfação que a humanidade vive. O Rock in Rio vem preencher essa lacuna e busca fazer isso com excelência no compartilhamento de felicidade. Para isso, Justo afirma que há muito treinamento dos quase 16 mil colaboradores que atuam na Cidade do Rock e a gestão de talentos é feita de forma criteriosa através de uma liderança compartilhada, porém, claramente estabelecida, ou seja, há uma hierarquia bem definida e integrada. Em todas as áreas ou bairros da Cidade do Rock há coordenadores que se reportam para outros líderes até chegar no board do grupo. A excelência é levada a sério conferindo ao RiR a ISO 20121, uma certificação internacional de sustentabilidade que somente o Comitê organizador das Olimpíadas de Londres tinha obtido até então.
Através do Canvas, Justo apresentou o modelo de negócios do Rock in Rio:
- Proposta de valor: a experiência, a plataforma de comunicação e o conteúdo exclusivo.
- Relacionamento com clientes é feito por: sites, redes sociais e na Cidade do Rock.
- Canais utilizados: site, ticketeria, mídias próprias e parceiros, Cidade do Rock.
- Segmentos de clientes: fãs de música, patrocinadores e empresas de mídia.
- Atividades-chave: seleção artística, concepção de experiências e campanhas, gestão de projetos e infra-estrutura.
- Recursos-chave: Bandas, Cidade do Rock.
- Parcerias-chave: agentes das bandas, media partners, fornecedores de infra e serviços, governo.
- Estrutura de custo: bandas, infraestrutura e serviços de produção.
- Fontes de renda: ingressos, patrocínios e licenciamentos.
IDEIAS QUE INICIAM CONVERSAS
Sobre este tema, Agatha Arêas, diretora de marketing do Rock in Rio afirma categoricamente: TUDO É COMUNICAÇÃO! Tudo o que é feito no evento é pensado estrategicamente para comunicar e promover as marcas. Segundo Agatha, para os 365 dias do ano há cerca de 82 momentos de comunicação devidamente mapeados, tudo para dar às pessoas o senso de pertencimento, co-autoria e cumplicidade. Além da assessoria de imprensa, eles passaram também a criar fatos e enredos lúdicos, com excelentes peças dignas dos melhores estúdios de cinema, tudo sobre as seguintes premissas: cultura criativa; geração de conteúdo e experiência 360 graus. As marcas que se envolvem com o Rock in Rio o fazem de forma a tocar seus clientes e não-clientes de forma muito especial, valorizando a experiência de felicidade que o evento se propõe. Um ótimo exemplo disso foi a propaganda do Itaú (veja o vídeo abaixo), que envolveu centenas de pessoas de forma muito especial. Segundo a diretora de marketing do banco, Andrea Pinotti, as campanha foi vista com cautela pela diretoria do grupo por ser muito inovadora: “como iríamos colocar um ATM que dava ingressos do RiR no meio de uma praia do Rio de Janeiro?”, completou. O desafio foi comprado e os resultados foram totalmente satisfatórios, pois, gerou aproximação de uma marca financeira com as pessoas.
https://youtu.be/e0ZY2qbp9RI
COMUNICAÇÃO INTERNA QUE FAZ A DIFERENÇA O diretor de produção, Ricardo Actos, reportou sobre como é feita a gestão de processos estruturantes. Todo o sistema e os mais de 200 processos estão completamente mapeados, abrindo todas as atividades necessárias para que tudo funcione perfeitamente. Há reuniões diárias que envolvem não somente os colaboradores diretos e indiretos, mas os fornecedores, órgãos públicos, patrocinadores e vizinhos da cidade do Rock, pois, estes últimos sofrem com todas as modificações que existem no perímetro do evento. Para tudo isso a palavra chave é COMUNICAÇÃO. GESTÃO DE TALENTOS: O COLABORADOR FAZ PARTE DO SHOW!
O Diretor artístico, Zé Ricardo, falou como é feita a gestão de talentos envolvendo os artistas que atuam no RiR. Segundo o diretor, é preciso fazer com que cada colaborador entenda o que ele deve fazer, ou seja, é preciso que as pessoas entendam o propósito das coisas. O colaborador faz parte do show! Certa vez uma assistente de palco reclamou que determinado artista estava pedindo coisas “impossíveis” e que ela não iria fazer o que ele estava pedindo. Zé, discretamente, pegou na mão dessa assistente, a levou na entrada do “palco mundo”, o maior do festival, e pediu para ela: “por favor, vá lá naquele microfone que está no centro do palco e peça para o público aguardar porque o show já vai começar!”. Prontamente, a assistente questionou: é sério, Zé? – “Sim, é seríssimo!”, respondeu ele. Obviamente, a resposta da assistente foi: “não, por favor, não faça isso comigo. Eu não posso ir lá”. Através desta situação ele pode exemplificar o quão importante era o trabalho dela e de todos os colaboradores de qualquer projeto. Todos ali devem fazer tudo para que o artista, que tem a coragem de subir ao palco e dominar a plateia, esteja totalmente à vontade e seguro para realizar o seu trabalho, justamente por serem recursos-chave de todo o evento. É importante tomar todas as providências para que tudo dê certo, absolutamente, tudo. Isso passa por cada colaborador, completou. MÉTODO ACELERA O CONHECIMENTO:
Um dos pontos mais relevantes do evento foi a metodologia adotada pela HSM Educação Executiva: o living case, onde os próprios autores não só demonstram seus feitos, mas ficam integrados ao grupo para conversas, fotos e interação total. Foi exatamente isso o que aconteceu e revelou a estratégia do pensamento de abundância e superação de expectativas, internacionalização do Rock in Rio e dos novos modelos de negócios, como por exemplo, a Cidade do Conhecimento que virá num futuro próximo.
POR UM MUNDO MELHOR
O final do evento não poderia ser melhor e mais brilhante. Além de contarmos com toda a Cidade do Rock em pleno funcionamento somente para os cerca de 500 participantes do evento, tivemos em cima do palco mundo, uma conversa muito especial com o fundador do Rock in Rio, Roberto Medina. Uma síntese dessa conversa pode ser expressada na seguinte frase: quem quer, faz! Segundo Medina, temos tudo para sermos um país melhor e o Rock in Rio é prova de que o brasileiro é capaz. “Em nossos eventos no exterior, os gringos ficam encantados com nosso jeito de fazer as coisas e dizem pra nós: Nossa! Vocês são muito criativos, pensam sempre fora da caixa”. Para eles, Medina afirma que o brasileiro é criativo justamente por não possuir caixa e ter que literalmente se virar para fazer as coisas acontecer. O criador do Rock in Rio afirmou que já se desencantou muito em toda a trajetória dos 30 anos de festival, justamente, porque sempre aparecerão aqueles que desacreditarão do sonho, dirão que você é maluco, tentarão impedir a realização, mas que isso não pode ser impedimento para aqueles que sonham em um mundo melhor. “Quem tem um sonho, deve se lançar em direção a ele, independente das dificuldades.”, completou. Segundo Medina, ao mesmo tempo que somos criativos, somos também muito medrosos. “Quando vamos ao banheiro, olhamos a porta entre-aberta e logo pensamos: deve ter gente ali, vou para outro box. Não tem! Empurra a porta e você verá que não tem gente!”, brincou para se referir que é preciso acreditar e tentar a realização de qualquer sonho. Foi assim que ele fez durante toda a jornada, sempre arriscando e contando com bons parceiros, pessoas que lhe confiaram crédito por tudo o que ele sempre fez e entregou em projetos passados. Além de muita determinação, ficou clara a ideia de que é preciso ser apaixonado pelo que se faz, pois, somente assim será possível fazer mais por um mundo melhor! Por Paulo Junior, CEO da PJI Consulting Mais fotos: