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Responsabilidade Social: vamos decidir como o mundo será?

A palavra Solidariedade vem da palavra Holos e significa inteiro, pleno, total, ou seja, é preciso pensar em responsabilidade social de uma forma ampla e não apenas pontual e filantrópica.

Sem desconsiderar a importância da filantropia, entendo que é preciso avançar no quesito social das organizações públicas ou privadas. Mais do que atender demandas pontuais, entendo que é preciso desenvolver todo um pensamento estratégico empresarial que redunde numa ação estratégica de longo prazo para que se obtenha, além lucros e dividendos, uma transformação social de grande impacto para todos, especialmente, para aqueles que estão ao nosso redor.

É preciso entender que Responsabilidade Social deriva de uma visão estratégica bem formulada e claramente dirigida pela alta direção de uma empresa. Caso contrário, as ações pontuais e caridosas continuarão produzindo efeito temporário e emergente, aliviando momentaneamente as necessidades de algumas pessoas. É necessário, portanto, humanizar os valores da organização para que ações socialmente responsáveis possam trazer benefícios não só para as pessoas atendidas, mas também para acionistas.

Com valores humanizados é possível solidificar a credibilidade da organização, pois, esta é uma conquista diretamente ligada a valores que são verdadeiramente praticados e não somente afixados em lindos quadros nas declarações filosóficas das empresas. Honestidade, confiança, respeito, transparência, comprometimento, humildade intelectual (saber ouvir), dentre tantos outros importantes valores, levam uma corporação ao aumento do seu crédito e valoriza a sua reputação. Esta, amparada por ações históricas, contribui diretamente para o exercício da liderança pelo exemplo, que por sua vez pode produz efeitos benéficos que vão impactando a todos ao redor da organização, como se fosse uma onda de boas ações.

É fato que quando este assunto é tratado, não há ninguém que discorde ou que não considere este assunto menos importante. Entretanto, ainda há empresas que justificam sua inércia afirmando que ainda não dá para promover ações socialmente responsáveis. Para estas, podemos afirmar que mesmo quando, sofismaticamente, não dá para promover ações efetivas e socialmente responsáveis, é totalmente possível buscar o envolvimento com outras organizações que já tem como essência essa prática, como por exemplo, fundações como a Fundação Cidade Viva que conta com projetos efetivos e sustentáveis que em João Pessoa tem impactados milhares de famílias através da recuperação de dependentes químicos ou através de apadrinhamentos infantis, levando crianças orfãs para viverem em família e assim, transformando estrategicamente o futuro da cidade. Outro exemplo prático de vem de Curitiba/PR, do pipoqueiro Valdir, que mensalmente promove a alegria de crianças em abrigos doando pipocas juntamente com outras atrações de impacto efetivo.

Logo, percebemos que é possível ser socialmente responsável. É necessária uma decisão em participar mais ativamente de ações comunitárias que fortalecem toda a sociedade civil organizada. É necessário pensar não somente nos de fora, mas começar pela valorização daqueles que fazem a organização no seu dia-a-dia: seus colaboradores. Trata-los com respeito e dignidade fará com que a empresa seja verdadeira na sua produção e no seu atendimento às pessoas.

Mas para aqueles que pensam que a implementação de uma cultura de responsabilidade social dentro da organização a transformará numa boa corporação, é preciso afirmar que isso por si só não a fará mais competitiva. Tudo deve estar integrado a fatores vitais como estratégia e gerenciamento de pessoas e da comunicação com seus vários públicos, de forma a criar uma atuação harmônica e eficaz.

Está mais do que na hora de todos colocarmos a mão na massa para que de forma plena possamos impactar a sociedade para que viva com dignidade.

Obrigado pela leitura. Se puder acrescentar algo mais, fique a vontade. Mas antes de ir para outra página, pare um minutinho para assistir ao vídeo abaixo sobre este tema. Vamos decidir como o mundo será?

Sucesso!

Síntese da aula de Ética Empresarial e Responsabilidade Social ministrada por Ricamar Maia, Mestre pela FGV/RJ em set/2010.