Economia é esperança. O ex-ministro Delfim Neto reafirmou isso numa recente entrevista a uma importante jornalista econômica do Brasil. É fato que as pessoas só se movimentam quando acreditam que suas ações darão o resultado esperado. Isso faz mover a economia. Quando falta essa esperança às pessoas elas se retraem e deixam de consumir, gastar, investir, etc. É exatamente o que temos visto nos dias atuais no Brasil, pessoas esperando para ver no que vai dar essa crise política e econômica em que vive o país. Independentemente de posições políticas, tenho recomendado ao amigos e clientes que devemos fixar nosso olhar nos interesses da nação, porque toda essa demora em encontrarmos uma solução tem custado muito caro para todos nós. O tempo está passando e muitas oportunidades estão sendo deixadas para trás. Como consultor, tenho conversado com muitos líderes e empresários desejosos em investir, crescer e agir, porém, retraídos quanto à efetivação dessas ações. É um momento de pausa, que assim como numa sinfonia musical, também são importantes, ou seja, não podemos esquecer que o silêncio também faz parte da música.
Mesmo acreditando que o país se recuperará dos seus traumas e sairá mais forte do que entrou nesta crise, tenho dito a todos que esta é uma hora em que o senso de realidade deve estar perfeitamente ajustado, ou seja, é preciso estar mais atento aos movimentos da política e da economia para não perder o que chamamos de “timing”, hoje considerado o fator de maior importância para o sucesso de qualquer negócio. É errado o empresário sair pisando no acelerador num momento como este, de cautela. Ao passo que também é errado achar que o mundo vai acabar amanhã e não fazer absolutamente nada. É preciso ter equilíbrio e temperança sem perder o olhar positivo sobre as coisas.
Tal Ben Shahar, Professor da Harvard e fundador da The Wholebeing Institute, da Happier.TV e atual líder de um dos cursos mais concorridos em Harvard, psicologia positiva, afirma que pessoas vencedoras alimentam uma visão otimista. Por isso, quando empresários e líderes nos perguntam sobre as expectativas para o Brasil, temos sempre alimentado um olhar positivo em relação ao futuro, apesar do momento grave que vivemos. Segundo dados do IBGE, utilizados e validados, inclusive, por grandes bancos em suas análises de cenários futuros, há perspectivas de recuperação empolgantes a partir do segundo semestre de 2017. Por exemplo, a construção civil poderá atingir patamares de até 7% de crescimento em 2020, a indústria até 4% em 2018; o setor de serviços até 2,5% no mesmo período e o agrobusiness manterá índices positivos podendo crescer até 3,5% em 2018. Áreas como tecnologia, saúde, educação, seguros e agronegócios seguem firmes mesmo nesse tempo difícil.