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O Panorama da Inteligência Competitiva no Brasil – 2009

Há pouco mais de doze anos o Brasil conhecia a Inteligência Competitiva, uma atividade adaptada por militares que logo após o término da guerra fria, perceberam que a antiga utilização da atividade de Inteligência pelos serviços de espionagem, poderia ser perfeitamente adaptada ao mundo corporativo para gerar vantagem competitiva.

Em busca desta vantagem, muitas empresas brasileiras tem se sensibilizado para a importância de dedicar recursos e alocar pessoas para estruturar cada vez mais as suas divisões de IC. Elas têm percebido que mais do que obter informações, o que realmente gera valor para a organização é a rápida tomada de decisão amparada por um bom trabalho de Inteligência. Por isso, os profissionais dessas empresas buscam constantemente o aperfeiçoamento de suas técnicas, recorrendo à muita leitura, a troca de experiências e também se espelhando no importante trabalho dos precursores da atividade no país, dentre os quais faço questão de lembrar alguns nomes como: Gilda Massari, Walter Felix, Elaine Marcial, Romeu Marcial, Alfredo Passos, Júlio Reis, Sérgio Marchi, Alexandre Bonfá, Maria Paula, Fabio Rios, Fabiane Braga, Elisabeth Gomes, dentre tantos outros ilustres profissionais da área que até hoje, contribuem incansavelmente para que a atividade de Inteligência Competitiva continue se desenvolvendo, possibilitando o surgimento de novas práticas e bons resultados para as organizações brasileira e até mesmo das estrangeiras que atuam por aqui.

Com mais de uma década de vida no país a atividade tem apresentado constante e notória evolução. Como falamos, há por aqui um crescente interesse de muitas empresas e profissionais que atuam de alguma forma com a atividade de Inteligência Competitiva. Todos têm grande interesse em saber se estão praticando corretamente a atividade. Outro bom indicativo do desenvolvimento da atividade pode ser facilmente percebido pela quantidade de iniciativas adotadas por empresas de treinamentos e também pela ABRAIC-Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva, que tem se esmerado para emplacar o seu curso de certificação dos profissionais de IC. Um exemplo claro dessa determinação ocorreu em maio deste ano, quando a ABRAIC realizou o seu primeiro dos oito Cursos do Programa de Capacitação e de Certificação em Inteligência Competitiva (ProCIC). Os participantes desse módulo deram o primeiro passo para a aquisição dos conhecimentos necessários à realização da prova de Certificação Profissional em Inteligência Competitiva.

Podemos citar também outras boas iniciativas do poder público no desenvolvimento da atividade , como por exemplo, as iniciativas de órgãos como o SEBRAE – Serviço de apoio às micro e pequenas empresas que ao fomentar os Arranjos Produtivos Locais, chamados de APLs, através de unidades de IC que atendem um grupo de micro empresas, contribui diretamente para a expansão dos negócios e com a geração de renda. Além do SEBRA, outros Órgãos públicos também tem contribuído para a disseminação dos corretos conceitos de IC, como por exemplo o SENAI, a Confederação Nacional das Indústrias, que têm se lançado na capacitação especializada do empresariado brasileiro.

Outro fato notório é o sensível aumento do número de literatura especializada no tema. Pesquisas estão sendo feitas. Teses defendidas. Tudo para ampliar o necessário embasamento teórico que a atividade precisa. Aliás, podemos afirmar que os bons exemplos que temos em Inteligência Competitiva no país vem daquelas organizações que contam com profissionais altamente capacitados e com forte embasamento teórico nessa área. Nessas empresas, fica claro que é muito importante para um time de IC contar com pessoas qualificadas, que conheçam muito bem a empresa, seus produtos e serviços. É preciso também contar com pessoas que tenham bom relacionamento interpessoal para transitarem com elegância nas diversas áreas da organização, seja ela qual for o tamanho. Além disso, vale lembrar que esses profissionais devem ser também curiosos, que sigam uma lógica sensata de pensamento, disciplinados, criativos, que mantenham seus conhecimentos constantemente atualizados e que saibam trabalhar em equipe. Tudo isso acontece por que há um “ambiente propício para o compartilhamento e a disseminação de informações” (Miller, 2002).

Ao praticarem com excelência a atividade de IC, essas empresas se destacam nos seus mercados e se sobressaem com as características de uma empresa competitiva e por isso alcançam grandes resultados e total eficácia em seus planejamentos.

Uma organização competitiva

Utiliza na prática todo o conhecimento que possui e se beneficia dele.

É rápida em suas tomadas de decisões.

Está pronta para redefinir sua estratégia.

É atenta ao macro e micro ambientes

Não procastina e faz o que necessita ser feito