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Nordeste competitivo: região cresceu mais que o Brasil no último trimestre

O Nordeste vem se confirmando como o “grande diamante” do Brasil. Os últimos números divulgados pelo Banco Central e pelo Datafolha confirmaram este fato. Enquanto no segundo trimestre de 2011 o país cresceu de 0,7%, a região registrou a marca de 1,6%.

Daniel Marenco - 3.fev.2011/Folhapress

Os números foram divulgados recentemente pelos principais jornais do país e no dia 28/08/2011 a Folha de São Paulo deu um destaque especial que vale a pena ser lido.

Vejam os principais números:

Números da região nordeste

 

Folha de São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011

Região continua crescendo como no início do ano, ao contrário do Sudeste

Investimentos privados e dinheiro de programas sociais contribuem para amortecer efeitos do combate à inflação

MARIANA CARNEIRO / MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

A economia da região Nordeste continua crescendo num passo acelerado, descolada do resto do país e sem sentir os efeitos das medidas adotadas pelo governo para esfriar a atividade econômica e combater a inflação.
Enquanto os Estados nordestinos foram impulsionados por investimentos do governo federal e de empresas privadas, o enfraquecimento da indústria e o aumento das taxas de juros fizeram o Sul e o Sudeste trocar de marcha.
De acordo com projeções do Banco Central, a economia brasileira cresceu 1,1% no primeiro trimestre do ano e 0,7% no segundo trimestre, sempre em relação ao período imediatamente anterior.
O Sudeste cresceu 1,4% no primeiro trimestre e 0,6% no segundo, segundo o BC. No Nordeste, a economia manteve no segundo trimestre o mesmo ritmo do começo do ano, crescendo 1,6%.
O Nordeste é a região em que a presidente Dilma Rousseff alcançou sua melhor votação na eleição do ano passado. Lá, seu governo obtém índices de aprovação maiores do que os de outras regiões, segundo o Datafolha.
O aumento dos juros e outras medidas do governo atingiram com mais força o Sul e o Sudeste porque a oferta de crédito é maior nessas regiões e sua economia depende mais da indústria, abalada pela competição com produtos importados e pela turbulência global.
Enquanto isso, o Nordeste virou destino de vultosos investimentos como os do porto de Suape, na região metropolitana de Recife, onde estão previstos aportes de R$ 24 bilhões até 2014, a maior parte de empresas privadas.
Isso ajuda a explicar por que a taxa de desemprego na capital alcançou 6,3% no mês passado, bem abaixo da sua média histórica, superior a 10%, nota a economista Tânia Bacelar, da Universidade Federal de Pernambuco.
“Pernambuco está recebendo um volume de investimentos equivalente a toda riqueza que produz em um ano”, diz ela. “Isso gera um impacto muito forte na economia local, que é relativamente pequena perto de Estados como São Paulo.”