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Dilema dos prisioneiros ajuda a entender que pensar no grupo será sempre uma boa opção estratégica

Em ambiente cada vez mais competitivo, as pessoas e as empresas, de modo geral, tendem sempre a adotar posicionamentos estratégicos “egoístas”, que privilegiam sempre o “eu”  ou  o “meu”, deixando de lado qualquer prática que contibua com uma verdadeira postura “ganha-ganha”.

Ao refletirmos sobre o assunto, concluímos que quem adota uma postura estratégica egoísta, certamente produzirá um ambiente hostil, de maior volatilidade das relações, impactando diretamente num resultado positivo de curto prazo, sem sustentabilidade. Já aqueles que, pensando no todo, admitirem uma eventual possibilidade de alguma perda numa negociação, logo perceberão que de fato o “menos” vira “mais”, desde que as partes se comprometam a cumprir seus respectivos acordos. O dilema dos prisioneiros ajuda a entender isso.

Mas o que é esse Dilema dos Prisioneiros?  É um problema da Teoria dos Jogos que fo formulado originalmente por Merrill Flood e Melvin Dresher, sendo apresentado depois pelo matemático Albert W. Tucker.

Veja o vídeo abaixo para entender o conceito desse dilema. Isso pode ajudar você nas suas decisões diárias. Aproveite!

Basicamente o raciocínio deste dilema é:

Dois individuos procurados pela polícia por cometerem pequenos delitos são presos por suspeita de terem praticado um novo crime. A polícia não dispõe de provas suficientes para condená-los de imediato

por este novo crime e então coloca cada um deles em uma sala sem possibilidade de comunicação entre elas e faz a cada um uma mesma proposta.

Se apenas um deles confessar, não será acusado de nenhum crime e o outro pegará 10 anos de cadeia.

Se nenhum deles confessar, ambos ficarão por 2 anos na prisão pela prática dos delitos anteriores.

Se ambos confessarem, cada um ficará preso por 5 anos.

A análise do jogo.

Interação estratégica: pensar no conjunto pode produzir vantagens maiores

De acordo com os dados apresentados é lógico inferir que cada prisioneiro pensará primeiramente, e talvez  exclusivamente, em reduzir sua pena, mas sua decisão – cooperar com o parceiro (não confessar) ou trair (confessar) – dependerá da escolha do seu parceiro. Entretanto, nenhum deles sabe, a piori, qual a opção escolhida pelo outro.

Se um deles acreditar que o outro irá escolher a opção Não confessa, permanecendo em silêncio, a melhor decisão será Confessar.

No caso de um deles acreditar que seu cúmplice decida Confessar, a melhor opção é Confessar também. Vemos então, que a estratégia Confessar é a melhor em qualquer cenário, no entanto ela não produz o melhor resultado individual. Este é o dilema dos individuos envolvidos nesta situação.

Se pensar no interesse do grupo (dos dois prisioneiros), a escolha certa para ambos seria Não confessa. Mas, se deixarem prevalecer o interesse próprio, escolhendo a opção Confessa cada um deles receberá uma severa pena.

Fontes:

http://www.fortium.com.br/faculdadefortium.com.br/ailton_%20guimaraes/material/Teoria%20dos%20Jogos%20nota%20de%20aula%203.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dilema_do_prisioneiro

Economia aplicada – FGV Management

Planejamento Estratégico – Idevalter Chiavenato