A voraz competição que vivemos atualmente nos força a buscarmos uma auto-imagem de pessoas “super-poderosas”, perfeitas, sempre alegres, focados, 100% racionais, high quality ou, no mínimo, top five. Vivemos numa cultura onde não deve haver espaços para demonstrar as nossas fraquezas, nem tampouco nossas verdadeiras emoções, onde vivemos muitas vezes num mundo de “faz de conta”, pois do contrario, se você realmente revelar suas posições, mesmo que de forma respeitosa e transparente, muita vezes será incompreendido ou julgado como fraco, principalmente, se transparecer essas emoções. Isso não é deste tempo, mas vem de longe; quem nunca ouviu: ” engole esse choro, menino!” ou “homem não chora!” ou ainda “para de frescura”. Expressões muitas vezes vindas de dentro das nossas próprias casas e que ajudaram na construção nefasta de uma “sociedade de extremidade racional”, onde é preciso dominar tudo dentro de nós, mesmo que seja com fingimento.
Enganam-se aqueles que abstraem suas emoções no jogo da vida. Tenho aprendido que mesmo em toda a nossa razão, da mais alta competência, não podemos esquecer que também somos seres dotados de emoções e precisamos buscar o equilíbrio também nesta área. Quantas vezes estamos em dificuldades e no meio delas só queremos executar soluções mirabolantes que foram construídas sem o mínimo de preparo, sem a mínima reflexão e sob a justificativa do “senso racional da urgência”. Diga-se, ele é mesmo necessário, mas não pode justificar a falta de reflexão, de planejamento e de busca de soluções em meio aos conselhos, muitos que poderão refletir a própria voz de Deus. Essa voz, independente da situação, dirá por padrão: coragem! Coragem! Coragem!
Que palavra mágica! Ter coragem significa nada mais do que se entregar e se fazer presente nas situações. Ela nos inspira a prosseguir, sobretudo, porque em sua raiz encontramos o prefixo “cor” oriundo do coração, do sentimento e das emoções; em seguida temos o sufixo “agem”, do latim aginis indicando ação, atitude e execução. Logo, podemos perceber claramente a voz do alto nos dizendo: “aja com sentimento; coloque amor nesta ação; não seja apenas razão neste desafio, mas coloque toda a sua vontade e amor e, certamente, você será mais feliz porque encontrará prazer neste trabalho e neste desafio”.
Para se entregar, é preciso confiar mais e confiar significa “deixar de analisar”. Quando confiamos, exercemos a fé, a mesma que leva para longe aquela insegurança que alimenta o medo, porque com a fé cremos e confiamos na vitória, no sucesso, no êxito, na paz, no amor, em nós, nos outros e no Pai das luzes, o único e verdadeiro Deus!
Acredite! Confie! Viva com emoção o seu sucesso!!!
Pense nisso.
Sucesso!!
